A ideia de proximidade no varejo, tradicionalmente associada à localização física, está sendo reconfigurada pelo comportamento do novo consumidor urbano.
Cada vez mais orientado por tempo, resolutividade e experiência, esse consumidor não mede distância em metros, mas sim em minutos e relevância. Nesse contexto, essa proximidade passou a ser percebida como um atributo comportamental, mais do que geográfico.
Proximidade no varejo e um novo padrão de comportamento
Segundo levantamento da NielsenIQ, o brasileiro visita mercados de bairro em média 74 vezes por ano, enquanto vai às grandes redes apenas 16 vezes. Mais do que uma estatística, esse dado revela um padrão de comportamento: consumidores buscam soluções práticas, acessíveis e alinhadas à sua rotina.
Portanto, a relevância de um ponto comercial passou a ser determinada pela sua capacidade de se inserir na jornada cotidiana do cliente, e não apenas pela localização geográfica.
Na DCL Real Estate, a compreensão dessa transformação é um dos pilares que orientam o planejamento de ativos em centros urbanos. A proximidade no varejo exige inteligência territorial aplicada, cruzamento de dados sobre mobilidade urbana e comportamento de consumo em um raio de 5 km, além de sensibilidade estratégica para identificar oportunidades reais de conexão com o entorno.
A nova proximidade: resolutividade como diferencial competitivo
Em um cenário onde o tempo se tornou o ativo mais escasso, consumidores privilegiam estabelecimentos que otimizam sua jornada. Isso inclui desde acesso facilitado, mix de produtos relevante, até uma experiência de compra objetiva e eficiente. A proximidade no varejo, portanto, passa a estar vinculada à capacidade de resolver demandas do dia a dia com agilidade.
As pesquisas apontam um aumento no número de unidades compradas por visita, mesmo nas compras de urgência (+8%), reposição (+5%) e proximidade (+1%). Esse dado, apresentado pela Kantar, indica que o consumidor está otimizando cada ida à loja, desde que ela esteja alinhada à sua rotina e hábitos de consumo.
Nesse novo contexto, empreendimentos que interpretam o território não apenas como endereço, mas como fluxo comportamental, conseguem se destacar em frequência, conversão e rentabilidade.
O papel da conveniência na fidelização do cliente de vizinhança
Mais do que atrair, o desafio está em manter a frequência e criar relação recorrente com o consumidor. Sendo assim, a proximidade no varejo ganha força quando o ponto comercial passa a ser reconhecido como uma extensão da rotina: ele está presente nas paradas rápidas, nas compras emergenciais e nas necessidades diárias.
Dados da NielsenIQ reforçam esse papel ao apontar que 48% das vendas nos mercados de bairro são de itens de reposição e 37% de compras emergenciais. Ou seja, o pequeno varejo desempenha um papel essencial na resolutividade cotidiana.
Isso exige que o ponto comercial esteja estruturado com base em dados, e não apenas em percepção. Sortimento enxuto, operação eficiente, experiência direta e boa leitura do público local são componentes da fidelização.
Proximidade no varejo: entre o digital e o físico
Outro aspecto fundamental é a integração entre os canais digitais e o ponto físico. O consumidor, mesmo que compre online, ainda valoriza pontos físicos que ofereçam agilidade, retirada rápida ou suporte local. Assim, a proximidade no varejo também se traduz na capacidade de conectar canais com consistência e fluidez.
Não por acaso, a omnicanalidade sofreu desaceleração, segundo a Kantar. A média de canais utilizados caiu de 6,4 para 6,2. Isso sinaliza que o consumidor está priorizando canais mais eficientes e convenientes. Proximidade, portanto, é uma escolha racional, ou seja, eleger aquilo que funciona melhor, e mais rápido, no dia a dia.
Proximidade inteligente: dados como base para a estratégia
Se antes estar “perto” significava estar no mesmo bairro, hoje significa estar integrado ao hábito, ao deslocamento e à rotina do consumidor. A proximidade no varejo está profundamente ligada à análise de comportamento: onde o consumidor está, quanto tempo tem, o que precisa e com que frequência.
Portanto, empresas que desejam ganhar competitividade precisam utilizar inteligência de dados para mapear zonas com alto potencial de fluxo e recorrência. Isso permite entregar soluções que funcionam não apenas como ponto comercial, mas como ponto de relação com a comunidade.
Resumindo: a estratégia é combinar localização com contexto, metragem com funcionalidade, e layout com fluidez.
A DCL e a arquitetura da resolutividade
Com forte atuação em centros comerciais de vizinhança, a DCL desenvolve soluções orientadas por dados de comportamento de consumo e mobilidade urbana. O objetivo é estruturar espaços que respondam ao novo conceito de proximidade no varejo, com foco em resolutividade, conversão e frequência.
Isso pode ser visto em ativos como o Open Mall Xaxim e as Galerias DCL Malls (entre elas, a Galeria Xaxim), que se consolidam como pontos de atendimento diário em regiões densas, com público recorrente e jornadas de consumo curtas.
A integração entre urbanismo, varejo e rotina de cada bairro é parte da estratégia da empresa para conectar marcas ao público certo, no lugar certo, com a experiência certa. Portanto, não se trata apenas de onde abrir uma loja, mas de entender por que ela faz sentido naquele ponto, naquele bairro, para aquele consumidor.
Quer entender como posicionar sua loja em um ponto com potencial real de frequência e conversão? Fale conosco.

