A pandemia do novo coronavírus trouxe diversas transformações para o mercado de trabalho, entre elas, o modelo home office. E essa tendência chegou para ficar. Cada dia mais iremos nos deparar com empresas que oferecem essa possibilidade aos seus colaboradores e, por vezes, colaboradores que procuram por trabalho remoto. Contudo, a adoção desse novo modo de trabalho impactou também outras áreas. Confira a seguir.
O home office e seus impactos
Esse novo modelo de trabalho impactou, e continua impactando, o varejo e todas as características que o cercam. Por exemplo, a aceleração da era digital. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Varejo e Consumo (SBVC) indica que, no ano de 2019, o crescimento de varejistas que apostaram na transformação digital dentro das empresas foi de 21%. Em 2020, 42% dos entrevistados acreditavam que a transformação digital era prioridade na empresa, já no ano de 2021 o número subiu para 53%. Ainda sobre o assunto, para as empresas do varejo, os investimentos em ferramentas utilizadas para a contribuição na transformação digital nas lojas físicas têm se tornado essenciais.Isso porque, melhoram a experiência do consumidor e ajudam na sua tomada de decisão. Em resumo, esses investimentos em transformação digital resultam no aumento do faturamento em vendas e do engajamento do consumidor, principalmente, em canais digitais. E não para por aí! O home office traz com ele também mudanças na geografia do consumo, mudança essa que afeta progressivamente o varejo. A lógica aqui é a seguinte: se as pessoas ficam mais em casa, elas utilizam o comércio e os serviços do bairro. Mas, na prática, como isso ocorre? Acompanhamos, entre outros pontos, o aumento do surgimento das “dark stores“, que são lojas onde o cliente tem a liberdade de comprar on-line e apenas ir à loja para retirar os seus produtos. Os investimentos cada vez maiores em automação visam não só a eficiência, mas também aparecem como estratégia para driblar a falta de mão de obra disponível.O foco na experiência do cliente
Um aspecto citado pelo futurista digital Brian Solis é que a pandemia fez nascer a “geração N” (Generation-Novel), formada por pessoas mais digitais, de todas as idades. Também mais narcisistas nas suas expectativas e demandas on-line. Solis acredita que: “A personalização não é mais o suficiente, é preciso surpreender para não ser esquecido”. Para conquistar as pessoas, é preciso promover experiências memoráveis! Atualmente temos muitas opções no digital, por isso a fidelidade a marcas é posta em xeque a todo momento. Neste contexto, as lojas com autonomia digital ganham novos papéis:- Agregam serviços;
- Tornam-se solucionadoras de problemas;
- Conduzem e geram dados comportamentais;
- Atuam como parte de uma cadeia híbrida funcional e bem-organizada.