MIX DE LOJAS

Mix de lojas: como ele gera fluxo e valoriza sua galeria comercial

Fazer a curadoria do mix de lojas é uma das etapas mais importantes e estratégicas para o sucesso de uma galeria comercial. Portanto, escolher os lojistas certos, equilibrar categorias e construir uma oferta complementar são decisões que exigem análise criteriosa e planejamento estratégico. Afinal, essas escolhas influenciam diretamente o fluxo de pessoas, o tempo de permanência dos clientes e, claro, o ticket médio.

Segundo pesquisas da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o mix de lojas oferecido por shopping centers — e, consequentemente, por galerias — no Brasil tem apresentado crescimento, tanto em faturamento quanto em fluxo de visitantes. Esse desempenho destaca a relevância das lojas geradoras de tráfego, como operações de alimentação e serviços essenciais, na atração de consumidores e no fortalecimento do mix.

A importância do mix de lojas na atratividade da galeria

Um mix de lojas bem planejado pode transformar uma galeria comercial em um polo integrado de conveniências e experiências. Quando diferentes categorias coexistem de forma harmônica, especialmente moda, serviços e alimentação, o consumidor encontra ali soluções completas para diversos momentos do dia.

O segredo está na complementaridade, ou seja, um cliente que vai até a galeria para resolver um serviço pode acabar comprando uma roupa ou fazendo uma refeição. Isso amplia a percepção de valor e torna a visita mais atrativa. Sem dúvida, essa sinergia operacional amplia o tempo de permanência no local e eleva o faturamento geral dos lojistas.

Moda, serviços e alimentação: pilares de um mix de lojas eficiente

A tríade moda, serviços e alimentação continua sendo uma das mais eficientes na composição do mix de lojas. Essas categorias, quando bem posicionadas, criam pontos de contato com o consumidor em diferentes horários e ocasiões, seja em dias úteis ou aos finais de semana.

Elas também favorecem o chamado “efeito carona”, quando uma compra planejada acaba levando a consumos por impulso, o que potencializa o ticket médio e a circulação interna.

Serviços essenciais, como academias, pet shops, lavanderias e clínicas, por exemplo, funcionam como âncoras de rotina. Eles garantem a diversificação do público e visitas regulares e previsíveis, muitas vezes semanais, o que mantém a galeria movimentada mesmo em períodos de baixa sazonalidade.

A alimentação é um catalisador de permanência

As operações de alimentação têm papel central na experiência do consumidor e nos resultados da galeria. Restaurantes, cafeterias e lanchonetes bem escolhidos não apenas atraem público, como também aumentam o tempo médio de permanência no ambiente.

O relatório “NIQ Guide to 2025 Mid-Year Consumer Outlook”, da NielsenIQ, destaca tendências como a busca por conveniência, experiências integradas e personalizadas. Em outras palavras, o consumidor valoriza locais que oferecem múltiplas soluções em um único espaço, incluindo a oportunidade de fazer refeições de qualidade.

Novo varejo e a curadoria estratégica no mix de lojas

Entre mudanças no comportamento de consumo, retração de categorias tradicionais e ascensão de novas prioridades e percepções do consumidor, torna-se cada vez mais evidente que a curadoria do mix de lojas precisa garantir mais que a ocupação de espaços. Ela precisa ser estratégica.

Por exemplo, marcas que antes eram referência enfrentam hoje a concorrência acirrada de players digitais, inclusive aqueles sem presença física no país, o que intensifica ainda mais a necessidade de reinvenção.

Por outro lado, o consumo omnichannel — ou seja, a integração entre as experiências de compra online e offline — tornou-se o padrão esperado pelos consumidores. Soma-se a isso uma migração do desejo de compra para outras experiências, como alimentação, serviços e entretenimento.

Nesse novo contexto, o sucesso de uma galeria ou centro comercial depende de uma leitura apurada das novas demandas e está diretamente ligado à sua capacidade de oferecer um mix que reflita os hábitos, necessidades e aspirações atuais do público. A curadoria estratégica se torna, então, o grande diferencial competitivo.

Curadoria estratégica: como definir o mix ideal

A curadoria do mix de lojas deve considerar não apenas o perfil do público-alvo, mas também o entorno da galeria e as lacunas de oferta da região. É preciso evitar a competição entre categorias, promover uma distribuição equilibrada entre âncoras e satélites e acompanhar de perto o desempenho dos lojistas.

Analise o comportamento do consumidor: o uso de dados é o ponto de partida

Conhecer o comportamento de compra e o fluxo por horário e dia da semana permite tomar decisões mais assertivas sobre o mix. Ferramentas de análise de dados, mapas de calor e visitas técnicas são aliadas essenciais nessa etapa. Galerias que adotam essa abordagem conseguem alinhar melhor a oferta à demanda local e ampliar o potencial de atração e retenção de clientes.

Evite concorrência interna predatória

Um erro comum na gestão do mix de lojas é permitir múltiplas operações da mesma categoria, sem diferenciação clara de público ou posicionamento. Isso gera competição interna, prejudica a performance individual dos lojistas e enfraquece o resultado coletivo da galeria. 

A curadoria precisa ser ativa, com critérios bem definidos e foco no ganho coletivo. Lojas que canibalizam a receita umas das outras comprometem a sustentabilidade do negócio como um todo.

Garanta flexibilidade e adaptação contínua

O mix de lojas ideal não é estático. Ele precisa acompanhar as mudanças no comportamento de consumo, nos hábitos de lazer e nas demandas do entorno. 

Galerias bem-sucedidas mantêm um olhar constante para a evolução do mercado e realizam ajustes regulares no portfólio de lojistas. A rotatividade saudável, quando bem gerida, também é uma aliada na modernização e na renovação do mix.

Um mix de lojas planejado impulsiona e traz diferencial competitivo 

Em um cenário urbano em que o tempo é escasso e o consumidor busca conveniência, uma galeria bem curada se destaca pela experiência que entrega, pela diversidade na oferta e pela eficiência em atrair e reter clientes.

Portanto, investir na curadoria do mix de lojas é investir no sucesso de longo prazo da galeria comercial. É por meio dessa estratégia que se constroem ambientes mais atrativos, sustentáveis e rentáveis. A gestão ativa — combinada ao uso de dados, visão de mercado e diálogo com os lojistas — é o que garante relevância e longevidade a qualquer centro comercial.

A DCL Real Estate, com décadas de experiência no setor, entende a importância de construir essa sinergia entre negócios. Por isso, mais do que oferecer espaços comerciais, entregamos inteligência na formação do mix e infraestrutura preparada para o varejo contemporâneo.

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