No ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu retração de 3,6%, o setor atacadista distribuidor cresceu 0,6% em termos reais e 6,9% em termos nominais, faturando R$ 250,5 bilhões. O resultado foi divulgado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), que realiza pesquisa anual sobre o desempenho do segmento, com dados analisados pela consultoria Nielsen, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA).

A pesquisa verificou que a Região Sudeste corresponde a 38% do faturamento do setor, seguida em importância pelo Nordeste (25%), pelo Sul (17%), pelo Centro-Oeste (12%) e pelo Norte (8%). Também foi verificado o crescimento acentuado de empresas de porte médio, que atendem apenas um estado. De acordo com a ABAD, elas cresceram 12,1%, acima da média nacional.

O setor atacadista distribuidor é responsável por 95% do abastecimento dos varejos tradicionais e dos pequenos mercados, 85% do abastecimento de bares e 45% do que é fornecido aos varejos de farma-cosméticos. De acordo com a ABAD, os agentes de distribuição representam 53,7% do mercado mercearil nacional (compreende produtos como alimentos, bebidas, de limpeza e de higiene), que atingiu a quantia de R$ 466,2 bilhões em 2016.

Atacarejo No atacarejo, o crescimento também foi significativo em 2016: 11,3%. Para o presidente da ABAD, Emerson Destro, o resultado consolida o modelo como importante canal de abastecimento das famílias. “É importante frisar que o atacarejo não tira mercado dos demais modelos de negócio do setor, como o distribuidor e o atacadista com entrega”, explica.

Boas expectativas para 2017 O estudo apresentado pela ABAD também foi composto por uma prévia do desempenho do setor neste ano: e os resultados também são positivos. Em março, o setor atacadista distribuidor mostrou alta de 16,5% em relação ao mês anterior. A expectativa é que , no acumulado do ano, o faturamento do segmento também cresça, especialmente o atacado de autosserviço.]]>