Loja física da Google é exemplo do movimento O20.

Do online para o offline: conheça o movimento O20

Recentemente, gigantes do e-commerce mundial executaram ações que vão na contramão das tendências do mundo digital. Empresas como Google, Amazon e Evino têm direcionado seus investimentos para o comércio offline e físico. Trata-se do movimento O20.  O Google, por exemplo, tem planos para inaugurar sua primeira loja física em Nova York, no bairro de Chelsea. O novo ponto de venda contará com produtos digitais e inovadores. Dentre eles, sua linha exclusiva de celulares e smartphones, Pixel, e soluções de uso doméstico, como os assistentes virtuais da marca Nest. Além de adquirir as mercadorias, os clientes também terão a experiência única de testar as novidades da empresa, tirar dúvidas e também retirar produtos que foram comprados pela internet. Ou seja, o objetivo principal é fornecer uma vivência omnichannel. Outro exemplo é a Amazon, que vem investindo pesado na expansão dos espaços “Amazon GO” – lojas físicas, completamente autônomas e digitalmente inteligentes focadas na experiência do consumidor. Já a Evino também se juntou ao movimento, porém de uma forma diferente. A plataforma de venda de vinhos na internet planeja agora sua expansão pelos canais de autosserviço. Agora, quer espalhar máquinas de autoatendimento (ou vending machines) em espaços de trabalho compartilhados. Assim, é possível se aproximar do consumidor e garantir comodidade. Leia também: Logística reversa: potencial econômico e sustentável

Movimento O20: o que é?

O movimento online para o offline, também conhecido como O20, tem se tornado uma tendência entre as maiores plataformas de e-commerce do mundo. A ideia não é apenas migrar para o varejo físico, mas sim levar toda a expertise referente ao comportamento do consumidor no ambiente digital para o espaço offline. No movimento O20, as lojas físicas e online não competem nem são negócios independentes. Elas devem ser vistas como uma coisa só. Ou seja, essa modalidade é uma forma de unir o melhor dos dois mundos, integrando os negócios da loja física à estratégia de vendas digital. Isso permite uma venda híbrida. [caption id="attachment_3436" align="aligncenter" width="604"]Vending machine da Evino Evino aposta em vending machines. (Divulgação)[/caption] Um exemplo prático desse movimento são os e-commerces que permitem a retirada das mercadorias em seus pontos físicos ou locais parceiros, como quiosques, balcões e contêineres. Dessa forma, o consumidor passa a ter mais contato com a marca e ainda tem a possibilidade de realizar novas compras no local. O principal fator estratégico dessa nova modalidade é instalar esses pontos físicos em locais de grande movimento de pessoas, como estações do metrô, postos de gasolina, espaços de trabalho compartilhados (como no caso da Evino) e lojas de conveniência. Leia também: Franquias resistem à covid-19 e surpreendem em 2020

Solução para todos os públicos

Esse novo modelo garante um bom atendimento para os diferentes tipos de consumidores. Por exemplo, há aqueles que pesquisam o preço de algum produto nas lojas físicas. Entretanto, ao fazer a comparação, acabam por comprar online. O contrário também acontece. Contudo, em ambos os casos, os canais online e offline foram utilizados. Portanto, esse novo movimento, mais do que oferecer mais uma opção ao cliente, busca entender os hábitos desses consumidores para que a melhor experiência seja oferecida. Mesmo com a transformação digital, ainda há uma boa parcela de clientes que prefere realizar compras em lojas físicas. Afinal, nesse cenário, existe a possibilidade de testar as possíveis aquisições. Além disso, consumidores se sentem mais seguros em relação à troca. O movimento O20 destaca-se como uma solução efetiva para esses casos.]]>