As cadeias regionais têm conquistado protagonismo no setor varejista nacional. Segundo estudo da McKinsey, essas marcas locais estão entre os destaques da transformação do varejo alimentar, especialmente nos últimos seis anos. O levantamento mostra que, entre as 20 principais redes de menor porte, o crescimento médio anual chegou a 20%, superando, inclusive, muitas redes tradicionais de abrangência nacional.
Esse movimento ocorre em um contexto em que o consumidor valoriza não apenas preço, mas também conveniência, personalização e experiência. Grandes redes continuam importantes, mas são as marcas locais bem estruturadas que vêm ocupando territórios estratégicos com velocidade, eficiência e profundidade de relacionamento com o público.
Crescimento das cadeias regionais e mudanças estruturais no varejo alimentar
O mesmo estudo da McKinsey aponta que a participação dos atacarejos no faturamento do setor saltou de 27% para 46%, em apenas seis anos. Enquanto isso, os hipermercados perderam relevância, representando hoje apenas 11% do mercado.
Neste cenário, as cadeias regionais se destacam por sua capacidade de adaptação rápida, especialmente diante da fragmentação do consumo. Em vez de competir diretamente com as grandes redes, elas atuam de forma complementar, explorando nichos específicos, fortalecendo parcerias locais e construindo modelos de atendimento altamente customizados.
De acordo com Andrea Eboli, CEO da EDR, a segmentação atual do varejo é uma resposta ao comportamento do consumidor, que busca economizar no essencial e investir no que gera conveniência e prazer.
O papel das cadeias regionais na evolução do mercado regional
O avanço das cadeias regionais também pode ser atribuído à expansão de formatos diversificados de lojas. Muitos grupos locais passaram a operar não apenas com supermercados de bairro, mas também com:
- Atacarejos: ganharam força por oferecer preços competitivos e passaram a atender diferentes classes sociais;
- Lojas gourmet: voltadas a alimentos frescos, itens premium e públicos com maior poder de compra;
- Lojas de conveniência: altamente adaptadas ao ritmo urbano e integradas a soluções digitais de entrega rápida.
Cadeias regionais e pontos comerciais estratégicos
O desempenho dessas redes locais também está fortemente associado à qualidade dos pontos comerciais ocupados. Sendo assim, a escolha do local de implantação tem sido cada vez mais criteriosa, com foco em:
- Alta densidade de consumo;
- Facilidade de acesso logístico;
- Infraestrutura moderna e adaptável;
- Possibilidade de operação omnichannel.
Esse último ponto é fundamental! Afinal, com a consolidação do consumo digital, mesmo as redes locais passaram a integrar canais físicos e online. Seja por meio de aplicativos próprios, seja por meio de marketplaces e entregas via plataformas parceiras.
A conveniência como diferencial competitivo
Um dos pilares desse crescimento é a proximidade. Segundo o mesmo estudo, o segmento de lojas de conveniência registrou cerca de 1.000 novas unidades em 2024, especialmente nas áreas metropolitanas. Para as cadeias regionais, que conhecem profundamente o comportamento do consumidor local, esse é um diferencial natural.
O consumidor atual busca soluções rápidas e fáceis: comprar um lanche no caminho do trabalho, receber um pedido de supermercado em 15 minutos, ou retirar um item específico no fim do dia.
A visão da DCL Real Estate sobre as cadeias regionais
Na DCL, acompanhamos com atenção os movimentos que envolvem as cadeias regionais e seu papel transformador no varejo. Como parceira estratégica de expansão, compreendemos que marcas locais bem estruturadas precisam de espaços que ampliem sua performance, e não apenas de metros quadrados disponíveis.
Nos últimos meses, vimos esse movimento se materializar com a inauguração das operações das bandeiras Festval Juvevê e Praça Osório e com as novas unidades do Super Muffato Jardim das Américas, Xv de Novembro e Comendador Araújo, todas na cidade de Curitiba.São exemplos claros de redes regionais que cresceram com consistência, transformando seus formatos e qualificando o varejo nas áreas em que atuam.
Acreditamos que, ao conectar inteligência imobiliária à dinâmica regional, contribuímos para fortalecer marcas, impulsionar o desenvolvimento urbano e aproximar o consumo de quem realmente faz parte do território.
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